Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888, na cidade de Lisboa, Portugal. Morreu na mesma cidade, em novembro de 1935, aos 47 anos, de complicações hepáticas. A infância foi marcada por perdas. Aos 5 anos perdeu o pai e aos 17 já havia sofrido a morte de três irmãos. Após a morte do pai, foi viver com a família na casa da avó paterna e, dois anos mais tarde, casando-se a mãe com o cônsul português, mudou-se para a África, onde viveu até os 17 anos, retornando a Lisboa em 1905, onde passou a trabalhar em jornalismo, publicidade, e a circular nos meios literários, tornando-se um dos escritores mais criativos e enigmáticos de todos os tempos. Aclamado pela crítica como um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, comparado a Camões, sua genialidade revela-se sobretudo na criação dos heterônimos — Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro —, personalidades poéticas completas, através das quais o poeta criou vasta obra, além da produção atribuída a ele próprio, o ortônimo, ou Pessoa ele-mesmo.
O Livro do Desassossego, um de seus trabalhos mais profundos e originais, é atribuído a Bernardo Soares, considerado semi-heterônimo de Pessoa por parecer-se muito com ele. É possível afirmar que Pessoa dedicou a vida à arte da pala-vra, produzindo, além da vastíssima obra como poeta, ensaios, esquetes teatrais, reflexões pessoais e crítica literária.